Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico,
o tipo de amor que tem relação com o caráter da própria
pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem e agir
em prol).
As muitas dificuldades que essa diversidade de termos
oferece, em conjunto à suposta unidade de significado,
ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no
O grego possui várias palavras para amor, cada qual
denotando um sentido diferente e específico.
No latim encontramos amor, dilectio, charitas, bem como
Eros, quando se refere ao amor personificado numa
deidade.
Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo
Amor platônico
Amor platônico é uma expressão usada para designar um
amor ideal, alheio a interesses ou gozos. Um sentido
popular pode ser o de um amor impossível de se realizar,
um amor perfeito, ideal, puro, casto.
Trata-se, contudo, de uma má interpretação da filosofia de
algo existente apenas no plano das ideias. Porque Ideia em
Platão não é uma cogitação da razão ou da fantasia humana.
É a realidade essencial. O mundo da matéria seria apenas
uma sombra que lembraria a luz da verdade essencial.
A expressão amor platônico é uma interpretação
equivocada do conceito de Amor na filosofia de Platão. O
amor em Platão é falta. Ou seja, o amante busca no amado a
Ideia - verdade essencial - que não possui. Nisto supre a
falta e se torna pleno, de modo dialético, recíproco.
Em contraposição ao conceito de Amor na filosofia de Platão
está o conceito de paixão. A paixão seria o desejo voltado
exclusivamente para o mundo das sombras, abandonando-
se a busca da realidade essencial. O amor em Platão não
condena o sexo, ou as coisas da vida material.
Na obra Simpósio (de Platão), há uma passagem sobre o
significado do amor. Sócrates é o mais importante dentre os
homens presentes. Ele diz que na juventude foi iniciado na
filosofia do amor por Diotima de Mantinea, que era uma
sacerdotisa. Diotima lhe ensinou agenealogia do amor e por
isso as ideias de Diotima estão na origem do conceito
socrático-platônico do amor. Segundo Joseph Campbell,
"não é por acaso que Sócrates nomeia Diotima como aquela
que lhe deu as instruções e os métodos mais significativos
para amar/falar. A palavra falada por amor é uma palavra
que vem das origens.
Perspectiva filosófica
Diferentemente do conceito de amor
platônico, quando se fala do amor em
Platão estamos nos referindo ao
pensamento deste filósofo sobre o
amor. A noção de amor é central no
pensamento platônico. Em seus
diálogos, Sócrates dizia que o amor era
a única coisa que ele podia entender e
falar com conhecimento de causa.
Platão compara-o a uma caçada
(comparação aplicada também ao ato
de conhecer) e distinguia três tipos de
amor: o amor terreno, do corpo; o
amor da alma, celestial (que leva ao
conhecimento e o produz); e outro que é a mistura dos dois.
Em todo caso o amor, em Platão, é o desejo por algo que não
se possui.
A temática do amor é comum a quase todos os filósofos
gregos, entendido como um princípio que governa a união
dos elementos naturais e como princípio de relação entre
os seres humanos.
Depois de Platão, entretanto, só os platônicos e os
neoplatônicos consideraram o amor um conceito
fundamental. Em Plutarco o amor é a aspiração daquilo que
carece de forma (ou só a tem minimamente) às formas
puras e, em última instância, à Forma Pura do Bem. Em "As
sua Epistola ad Marcelam, Porfírio menciona os quatro
princípios de Deus: a fé, a verdade, o amor e a esperança.
No pensamento neoplatônico, o conceito de amor tem um
significado fundamentalmente metafísico ou metafísico-
religioso.
O amor original
O amor, para ocorrer, não importando os níveis: se social,
afetivo, paternal ou maternal, fraternal - que é o amor entre
irmãos e companheiros - deve obrigatoriamente ser
permitido. O que significa ser amor permitido? Bem, de
fato quase nunca pensa-se sobre isso porque passa tão
despercebido que atribui-se a um comportamento natural
do ser humano ou de outros seres vivos. Mas não, a
permissão aqui referida toma-se por base um sentimento de
reciprocidade capaz de dar início e alargar as relações de
afetividade entre duas ou mais pessoas ou seres que estão
em contato e que por ventura vêm a nutrir um sentimento
de afeição ou amor entre si.
A permissão ocorre em um nível de aceitação natural,
mental ou físico, no qual o ser dá abertura ao outro sem que
sejam necessárias quaisquer obrigações ou atitudes
demeritórias ou confusas de nenhuma das partes. A
liberdade de amar, quando o sentimento preenche de
alguma forma a alma e o corpo e não somente por alguns
minutos, dias ou meses, mas por muitos anos, quiçá
eternamente enquanto dure e mais nas lembranças e memórias.
Por que você me ama? Porque você permitiu. Essa frase
remete ao mais simples mecanismo de reciprocidade e
lealdade, se um pergunta ao outro a razão de seu
sentimento de amor em direção a ele, a resposta só poderia
ser essa. A razão do sentimento de amor em direção à outra
pessoa recaí na própria pessoa amada, que em seus gestos,
palavras, pensamentos e ações conferiu permissão a que a
outra pessoa ou ser - podendo até ser um animal de
estimação - o dedicasse aquele sentimento de amor.
O amor pode ser entendido de diferentes formas, e tomado
por certo conquanto é um sentimento, dessa forma é
abstrato, sem forma, sem cor, sem tamanho ou textura. Mas
é por si só: O sentimento em excelência; o que quer dizer
que é o sentimento primário e inicial de todo e cada ser
humano, animal ou qualquer outro ser dotado de
sentimentos e capacidade de raciocínio natural.
Todos carecem de amor e querem reconhecer esse
sentimento em si e nos outros, não importando idade ou
sexo. O amor é vital para nossas vidas como o ar, e é
notoriamente reconhecido que sem amor a criatura não
sobrevive conquanto o amor equilibra e traz a paz de
espírito quando é necessário.
Eros
Eros representa a parte consciente do
amor que uma pessoa sente por outra. É
o amor que se liga de forma mais clara à
atração física, e frequentemente
compele as pessoas a manterem um
relacionamento amoroso continuado.
Nesse sentido também é sinônimo
sensualidade que leva a atracção física e
depois às relações sexuais.
Ao contrário vem a Psique, que
representa o sentimento mais espiritual e profundo.
Pragma
Pragma (do grego, "prática", "negócio") seria uma forma de
amor que prioriza o lado prático das coisas. O indivíduo
avalia todas as possíveis implicações antes de embarcar
num romance. Se o namoro aparente tiver futuro, ele
investe. Se não, desiste. Cultiva uma lista de pré-requisitos
para o parceiro ou a parceira ideal e pondera muito antes de
se comprometer. Procura um bom pai ou uma boa mãe para
os filhos e leva em conta o conforto material. Está sempre cheio de perguntas. O que será que a minha família vai
achar? Se eu me casar, como estarei daqui a cinco anos?
Como minha vida vai mudar se eu me casar?
Amor interessado em fazer bem a si mesmo, Amor que
espera algo em troca.
Philia
Em grego, Philia significa altruísmo, generosidade. A
dedicação ao outro vem sempre antes do próprio interesse.
Quem pratica esse estilo de amor entrega-se totalmente à
relação e não se importa em abrir mão de certas vontades
para a satisfação do ser amado. Investe constantemente no
relacionamento, mesmo sem ser correspondido. Sente-se
bem quando o outro demonstra alegria. No limite, é capaz
até mesmo de renunciar ao parceiro se acreditar que ele
pode ser mais feliz com outra pessoa. É visto por muitos,
como uma forma incondicional de amar.
tipo de amor para descrever o ato de Deus, que, ao ver a
humanidade perdida, entrega seu filho unigênito, para ser
morto em favor do homem.
Storge
O nome da divindade grega da amizade é Storge. Por isso,
quem tende a ter esse estilo de amor valoriza a confiança
mútua, o entrosamento e os projetos compartilhados. O
romance começa de maneira tão gradual que os parceiros
nem sabem dizer quando exatamente. A atração física não é
o principal. Os namorados-amigos não tendem a ter
relacionamentos calorosos, mas sim tranquilos e afetuosos.
Preferem cativar a seduzir. E, em geral, mantêm ligações
bastante duradouras e estáveis. O que conta é a confiança
mútua e os valores compartilhados. Os amantes do tipo
storge revelam satisfação com a vida afetiva. Acontece
geralmente entre grandes amigos. Normalmente os casais
com este tipo de amor conhecem muito bem um ao outro.
Estilos de Amor
Susan Hendrick e Clyde Hendrick desenvolveram uma
Escala de Atitudes Amorosas baseados na teoria de Alan
John Lee, teoria chamada Estilos de amor. Lee identificou
seis tipos básicos em sua teoria. Nestes tipos as pessoas
usam em suas relações interpessoais:
- Eros - um amor apaixonado fundamentado e baseado na
- aparência física
- Psiquê - um amor "espiritual", baseado na mente e nos sentimentos eternos
- Ludus - o amor que é jogado como um jogo; amor brincalhão
- Storge - um amor afetuoso que se desenvolve lentamente, com base em similaridade
- Pragma - amor pragmático, que visualiza apenas o momento e a necessidade temporária, do agora
- Mania - amor altamente emocional, instável; o estereótipo de amor romântico ou apaixonado.
- Ágape - amor altruísta; espiritual
De acordo com a pesquisa de Hendrick e Hendrick, os
homens tendem a ser mais lúdicos e maníacos, enquanto as
mulheres tendem a ser stórgicas e pragmáticas.
Relacionamentos baseados em amor de estilos semelhantes
tendem a durar mais tempo. Em 2007, pesquisadores da
Universidade de Pavia liderados pelo Dr. Enzo Emanuele
forneceram provas da existência de uma base genética para
variações individuais em verificada na Teoria dos Estilos
amorosos de Lee.
O Eros relaciona-se com a dopamina no sistema nervoso e a
Mania à serotonina.
Estas informações foram retiradas do seguinte site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor
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