Uns dias atrás, eu fui no hortifruti com meu pai e minha irmãzinha. Lugar tranquilo, bom e barato.
Chegando lá, vimos um homem e uma mulher discutindo. Chegando mais perto, percebemos que o assunto da discussão era bem peculiar: ela havia estacionado na vaga de deficientes e ele estava reclamando os direitos dos outros. E era um bate boca, e era xingamento pra cá, xingamento pra lá...
'Está escrito DE-FI-CI-ENTE, não DE-MEN-TE!', declarava ele.
'Eu tenho um bebê, tenho prioridade!', gritava de volta ela. 'O senhor por acaso não sabe que tenho preferência?'
Até aí, a gente já acha que ele tem razão.
Depois de fazermos as compras, ainda estávamos comentando o que víramos. O rapaz do estacionamento, ouvindo nossos comentários, contou-nos simplesmente:
'Ah, aquele homem sempre vem aqui armar barraco! Toda tarde, ele vem tomar uma água de coco e arruma briga com quem estaciona naquela vaga. Mas o estacionamento é pequeno, então, se vier alguém que é relamente deficiente, nós pegamos a chave da pessoa que parou ali e colocamos em outro lugar.'
'Mas vocês não explicaram isso ao rapaz?'
'Claro que já. Várias vezes. Mas a gente ouve o que a gente quer, não?'
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